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Casamento no Lefty: um amor de aquecer o coração!

Se esta não é a melhor forma para um casamento no Lefty, eu não sei o que é! Criamos o Lefty com a intenção de unir pessoas com as mesmas crenças e ficamos muito felizes em ver isso acontecendo com tão pouco tempo dentro do nosso lançamento. Hoje, estamos aqui para compartilhar a história de Rafael e Vidaya, o casal que se conheceu no Lefty e disse ‘sim’ para estarem juntos do seu jeito. Confira o depoimento completo:

Sim nosso de cada dia

Somos Rafael e Vidaya e nos conhecemos no Lefty, o aplicativo de namoro da esquerda

O Rafa trabalha como advogado de direitos humanos e legislação sobre o uso de maconha medicinal, mas também é músico, desenha e pinta. Ele é artista (vai tentar apagar essa parte, mas vou dar um jeito de publicar assim), mora em São Paulo e passou praticamente toda a vida na cidade grande.

Eu sou Vidaya, bioconstrutora, morei em várias cidades, e fui nômade durante a pandemia passando por sítios, construindo casas de taipa, vivenciando a permacultura abordo da Kombi, carinhosamente chamada de Judite, junto com meu cachorro, Chico, e faz uns meses que me assentei no Sítio Vida Livre, em Mairiporã.

Entramos na vida um do outro em 14 de novembro e hoje estamos casados.

Casamento pelo Lefty – Essa e a nossa história, em constante construção, e viemos aqui para compartilha-la

Vidaya – Eu tinha baixado o app pq vi um anúncio no joguinho do celular, mas não tinha rolado
conversa além daquele: “oi, tudo bem?” “tudo sim” e só. Num dia antissocial senti vontade
de conversar pela internet, interagir sem estar junto. Vi um perfil bos**, quer dizer ZOADO,
de um cara chamado Rafael: UMA foto, zero descrição, só a profissão, signo e histórico de
ativismo. resolvi dar like, vai que, né…

Rafael – Eu estava ainda no período de ressaca emocional e construção pós-isolamento e de
alguns caminhos de vida. Não tinha muita paciência para usar aplicativos de encontro e nem
disponibilidade para isso. Vi em um site de noticias, uma reportagem sobre o Lefty. Curioso
pela proposta, decidi baixar para ver qual que era desse novo app. Criei um perfil teste,
sem muita pretensão. Uma foto e sem descrição, mas como a minha disposição era de
curioso apenas, segui na proposta. E tudo bem, afinal quem daria like em algum perfil
assim, certo? Errado!

– Dei like no Rafa, sem nem saber o porquê, afinal: perfil ZOADO (kkkkkkkkkk). meia hora
depois: match!

– Dei like na Vida. Perfil interessante, pessoa linda e com sorriso que transmite um caminhão
de sentimentos bons e vontade de trocar. Match!

Desde a primeira troca online, o nosso santo bateu. A conversa se encaixava sem forçar e,
contrariando todas as expectativas (ou a falta delas), a conexão simplesmente se fez.
Quatro dias depois estávamos em nosso primeiro encontro em um hotel duvidoso no
coração da República.

Era o momento do “vamo vê”. Tinha rolado conexão e conversas sem fim, mas, e a química, afinal, havia? Era o que fomos descobrir depois do nosso primeiro encontro, foram três semanas de muitas trocas, sobre ideias de vida, de relacionamento, vivências, experiências e muitas risadas – e, sim, química.

Chegou um momento que senti que, pelas minhas outras experiências de vida, era o
momento que eu gostaria de pedir para namorar com a Vida. Mas a nossa entrega desde o
primeiro contato foi tão verdadeira e presente que, ao brotar o pensamento, imediatamente
percebi que ao estar nessa “caixinha de namoro”, automaticamente seríamos e teríamos
menos do que estávamos tendo no momento. Estávamos integralmente entregues
porque queríamos, porque assim fazia sentido diariamente, não por força de um “contrato
verbal” que nos mantivesse preso a uma palavra dita em uma data.

Na noite seguinte, pelo whatsapp, falei pra Vida meu pensamento e os sentimentos que tive
sobre nossa relação. Ao invés de começarmos a namorar, foi um pedido oficial de
não-namoro, reconhecendo todas as nossas potencialidades, afeto e trocas que já existiam
ali naquele momento, sem a necessidade de “escalar” a relação com um novo título. Nos
tornamos, então, não-namorados – e mesmo assim mantivemos o hábito de tirar pausas
todos os dias para namorar um pouquinho, ainda que à distância.


Essa noite se passou e, de manhã, vim com informação nova. Percebi que esse
relacionamento recém chegado havia mudado muitas coisas em minha vida, em meu ser –
como é bom ser quem se é e encontrar ressonância no coração de quem se ama. Era nítido
que com a Vidaya, gostaria de dividir uma rotina, compartilhar minha vida. Por que não,
então, transmitir isso? Foi o que eu fiz.

– O Rafa me pediu em não-namoro à noite e eu já adorei, a fala dele ressoava totalmente
com as minhas crenças de relacionamento, enquanto pessoa não-monogâmica. A gente já
tinha uma entrega e uma doação dignos do que seria esperado pra um “relacionamento
sério” desde as primeiras mensagens. Mas na manhã seguinte ele conseguiu encher ainda
mais de amor esse coraçãozinho apaixonado: “eu sinceramente me vejo dividindo uma
rotina com você / e isso é um eufemismo p dizer morando com você”. A única reação possível?
Eu o pedi em casamento!

– SIM! (eu aceitei, é óbvio)


E pra quem estava em um não-namoro, aceitar o casamento foi, também, um ato de
subversão ao modelo posto de união, para trazer e dar o nosso significado. Nosso
casamento não está posto, não é fato dado, a cada dia edificamos juntos essa relação, a
cada dia reafirmamos nosso sim, cientes de que estaremos aqui enquanto for um sim, livre
e espontâneo.

Sim pro nosso amor, sim pros nossos planos, sim pras complexidades, sim pra convivência
diária, sim pro pacote completo de duas pessoas em suas caixinhas individuais de vida
construindo uma vida juntos. Sim pra sermos nós.

Não teve igreja, nem papel assinado, não teve troca de alianças, não teve festa pra
convidados e nem compramos um apartamento e enxoval. Mas somos casados e estamos
inteiros em nós. Moramos juntos em três casas separadas (a de São Paulo, a de Mairiporã
e nossa kombi) e, ainda, fazemos morada um no outro.


Este texto termina, nossa relação segue por todos os sim que existirem e, hoje, de novo,
dizemos: É SIM!

Vidaya e Rafael

Esperamos que a história de amor da Vidaya e do Rafael sirva de inspiração para todos que estão pensando em começar a usar o Lefty. Saibam que aqui vocês irão encontrar alguém que veja o mundo da mesma maneira que você!

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